segunda-feira, 8 de maio de 2017

Parte 3 - ????

Jack terminou de contar pela milionésima vez a mesma historia de quando convenceu uma mulher na rua de que a roupa dela fora possuída por demônios de outra dimensão e que tudo de ruim que acontecia com ela tinha algum vinculo com "usar roupas". Contava que sentou na mureta de uma fonte que mal e mal espirrava água pelo peixe descascado, e ficou apreciando a loira de seios fartos se despir num misto de fé e vergonha

_ Tenho certeza de que o ser humano adormecido é o bixo mais irracional que existe em qualquer universo. _ Disse o ruivo oferecendo um cigarro a à mulher toda de preto ao lado dele, que negou com um gesto de mão. _ É uma das coisas mais incríveis, eles simplesmente acreditam e seguem sem pestanejar... 

_ E foi então que um brutamontes de, juro, uns dois metros e dez me deu um soco na orelha que se você olhar com atenção consegue notar que a esquerda tem um leve inchaço aqui, _ ele cutucava a ponta da orelha com o dedo molhado de whisky. _ Aquele negro começou a me socar com toda força e vontade ate que girei a cabeça em um angulo que ele não esperava e la foi ele quebrar três ossos da mão no piso de concreto, no primeiro deslize puxei a perna direita dele e do nada ele ergueu as duas pernas para o alto e tombou com a nuca no piso duro. _ Fez uma pausa para terminar a bebida no copo e disfarçar o nervosismo.

Antes de rumar para casa abraçado em uma loira de tendencias duvidosas ele disse: _ Abaixo da linha do equador meu amigo, tudo pode se resolver com socos, somos um povo nervoso, tudo fica a flor da pele, saciamos nossa vontade pelas mulheres com "a famosa caralhada". E acabamos com a raiva com socos, tudo simples assim.

sexta-feira, 5 de maio de 2017

Parte 2 - O Bar

Existem divisas para tudo, continentes tem suas dividas, países fazem divisas com outros por linhas imaginarias, existe aquela divisa que se entendo no olhar negativo de certos homens e mulheres e existe aquilo que divide os mundos, O Bar do Enforcado é uma divisa de mundos, onde algumas portas levam a lugares tão distantes que os viajantes levariam vidas e mais vidas para cruzar a pé ou a nado. O Bar fica em uma inclinação de terreno a menos de cem metros da margem do mar morto, foi construído ali por escolha, e não pelo movimento do publico. Os que passavam no bar tinham destino certo, vontade certa. Raros os exploradores ou aventureiros cruzavam com o bar, e mesmo que o vissem nem todos eram impelidos a entrar.
Uma construção antiga, na maior parte de madeira bruta, talhada das arvores da redondeza, tabuas altas na vertical pregadas uma por cima das outras, algo perto dos cinco metros de altura, não tinha janelas, apenas uma porta pequena no meio da parede, na esquerda um farol de pedra colado como um anexo, o farol verde de limo subia mais alto que as nuvens baixas, era necessário vinte homens para abraçar a circunferência do farol, o construtor tinha rodada a vizinhança durante um dia para angariar os homens a fim de comprovar que havia erguido a construção apenas imaginando as medidas. E ali comprovou para o casal que vinte homens, exatos vinte homens de mãos dadas eram necessários para abraçar, ninguém criticou a falta de logica ali. O bar por dentro era um grande salão de pé direito alto, uma bancada que se estendia de ponta a ponta com as paredes revestidas de prateleiras e bebidas, mesas quadradas com cadeiras empoeiradas por falta de uso, na parede oposta a entrada seguiam corredores, portas, arcos com escadas para o porão ou para as câmaras de tortura por riso, portas levaram aos banheiros, outras davam para escadas que seguiam para os quartos no andar de cima e outras portas se abriam para outros mundos.

Os três desconhecidos chegaram bem a tempo de participar da medida anual do farol, deram aos mãos e junto dos dezessete comprovaram que vinte homens sempre seria a medida exata.

Parte 1 - Túmulo

"Em algum momento do tempo Jack estará aqui, no Bar do Enforcado, com a corda firme e forte rodeando o pescoço, os pés parados no ar e o aperto de mão de um amigo." 

Existem dúzias de lugares estranhos por ai, você felizmente não faz ideia de quantos. Temos as cavernas mais escuras de toda a existência, onde a luz não toca o fundo, lá naquela escuridão nascem crianças sem mães, bebes aos montes que surgem do nada e choram ate secar de fome, o Velho, sobre quem está historia conta, consegue ouvir elas chorando alto enquanto senta na varanda para olhar a grama, o som vem do chão por buracos que as minhocas fazem quando a gravidade decide agir diferente sobre elas e aleatoriamente faz com que caiam em direção ao ceu ate desintegrarem em direção ao espaço. O desnível do gramado confirma que por inúmeras vezes ele tentou cavar para entender o barulho, sempre sem sucesso. Não sei o nome real dele, sei que ele existe e que vem vivendo tudo de forma estranha, da primeira vez que fui ate onde ele mora para recolher informações tive o vislumbre de como a realidade pode funcionar diferente em alguns lugares. No mapa indicava um sitio rodeado de areá verde com um corrego passando na frente, podíamos ver uma ponte de madeira nas imagens de satelite e ao vivo quase não era diferente exceto que no meio da ponte tudo fazia sentido, a grama verde comum sedia espaço para uma grama quase translucida que refletia o azul escuro do céu, e o céu tinha nuvens feitas de grama e terra, leves nuvens esverdeadas que tenho certeza que cheiravam a grama recém cortada. Segui pela estrada sem entender se era ceu ou grama onde eu pisava, eu tinha a certeza de ser solido e o medo imenso de estar errado. Um casarão antigo e grande se mostrava imponente no meio do terreno a uns duzentos metros da entrada, todas as janelas estavam abertas e davam a impressão de uma ventania vindo de dentro, era lúdico ao extremo, tive a sensação de estar em uma redoma de vidro, isolada de tudo que abrigava um local com vontade propria. Dando a volta na casa encontrei um cemitério com lapides de madeira apodrecendo, os nomes estavam ilegíveis, mas pude contar seis lapides e dois tumulos abertos, logo no primeiro o velho estava no fundo deitado como uma criança que encolhia as pernas de frio, nos primeiros segundos imaginei que estivesse morto, ate notar os pulmões inflando lentamente e fazendo o volume do corpo raquítico mudar. Uma mulher perto dos vinte anos, vestida de coelho veio em minha direção enquanto deixava pegadas de uma gosma preta para trás.

 _ Ele está dormindo, vamos para dentro preparar o chá que ele acorda.

 Ela estendeu a mão e fui.

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Filosofia

Dizem os com fé que “se arrepender de tudo na beira da morte, isso faz tu ir direto para o céu”, e também dizem que “a vida é amor, e quem não ama não sabe o que é viver”, bom nesse ponto temos um impasse, fazer me arrepender de tudo vai me fazer arrepender de ter amado, então para que fazer coisas se eu tenho que me arrepender? É ai que está o problema, para algumas pessoas, pessoas digo “sem personalidade”, “sem vida”, a melhor explicação possível é um dialogo.

Oi como vai sua vida?

Vai normal.. lutando para sobreviver nesse mundo, tentando aceitar as diferenças, e qualquer momento correndo risco de morte súbita.

Isso deixa bem claro que “talvez”, você realmente se arrependa daquilo que fez ou deixou de fazer, mas será que uma entrada direta para o paraíso, que eu diria um tanto fácil, é só se arrepender mesmo, é o que nós faz estar aqui lutando para sobreviver nesse mundo? Tentando aceitar as diferenças? E sabendo que a qualquer momento você pode morrer por qualquer súbito? Diria que no minimo deveria duvidar sobre isso, que no minimo deveria ter valor pessoal, e aceitar o modo que as coisas são, mas não deixando o mundo desvirtuar, “a vida é feita de momentos de tirar o folego”. OK agora tenho que erguer minha cabeça e ser forte, “aceitar”, “reconhecer”, “admirar”, essa ilusão de força não convêm com respeito próprio, “fraqueje”, “chore”, “sinta”, “admita”, “erre”, aprende sobreviver e sobre a vida, disso você não vai se arrepender, se acontecer, aceite?

Sobreviva! Capacidade qualquer um tem, e não esqueça há melhores do que você não importa no que sentido.

http://www.youtube.com/watch?v=jITtwZccf5k&feature=related


http://www.4shared.com/get/vbSjYNz7/Lenine_Acustico_MTV.html

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Não tente me mostrar o certo de novo, não tente fazer isso comigo de novo, eu ja deixei tu pra tras, não quero q tu volte até mim, para te oferecer tudo o que eu posso fazer, me faça de idiota eu mato, mato tudo, não tenho pena nem de mim mesmo, e uma hora tudo morre, esperança? nunca, mas nao quero desistir de ti.
Algo me diz que eu vou errar, mas como um sábio disse boas escolhas só aprende fazendo más escolhas, a vida não é uma flor e se há flores no meu jardim são negras e com maldade, a única coisa que eu espero sentado e olhando o horizonte, é procurar uma flor que brilhe. sera?
Se existir algo que me faça pensar diferente, que seje provado aos meus olhos e não entre linhas que to cançado de ter que abaixar minha cabeça e me conformar com a ignorância e suas infantilidades, e tudo é perdoavel? sim, mas eu não me perdoarei. Não faça merda!

CD Vitor Ramil
http://www.4shared.com/get/9u9038im/Ramilonga_-_A_Estetica_do_Frio.html

domingo, 11 de abril de 2010

Mago - Parte 4

Aguardando correções!

fazia parte do compromisso, 'não contar para ninguem' . mas os eventos iriam se suceder de maneira continua e a necessidade de cada vez mais pessoas se envolverem era inegável. cada um por si deixou rapidamente de fazer sentido. e ninguem reclamou por um tempo.
ele saiu de dentro de um quarto escuro, era na verdade um closet e todas na sala sabiam que ele nunca havia entrado ali, na verdade, ele nem estava naquele pais. uma distancia razoavel o separava da realidade e mesmo assim nada o impedia de estar ali. fechou a porta de correr em suas costas e se encaminhou para o as escadas que ficavam logo a frente. era um hotel em algum lugar do mundo, isso pouco importava. era como se tivesse entrado em um banheiro e saido em um saguão de um castelo. a unica coisa que poderia se diferenciar era o calor e a luz forte que entrava pela janela semi aberta.
mais uma vez ele estava tentado livrar seu mestre de uma enrascada. eles estava juntos nessa e a por falar em necessidades, nunca fique devendo sua vida a alguem que sempre arruma confusões. seu debito será cobrado, e possivelmente, por algum motivo ainda não explicado, alguma coisa vai conspirar e novamente você ficará em debito de vida. e mais uma vez você será cobrado e mais uma vez ficará em debito. pois é, uma vez em debito, sempre em debito. ele subiu rapidamente as escadarias seriam alguns andares nessa rotina. ele tinha poucos minutos para chegar até o oitavo andar, mas por conseguir prever algumas ações no futuro, sabia que conseguiria chegar a tempo. neste caso a unica coisa incerta era como conseguir salvar seu mestre. já fazia dois dias que ele estava sumido, e nada se sabia a respeito. algumas pessoas estavam ajudando na busca, seu mestre era importante, tinha que terminar algumas coisas e não poderia de forma alguma deixar isto inacabado. mas dois dias fazem as pessoas pensarem em muita coisa.
ele já havia desistido, tinha entrado em contato com os pais de seu mestre e seus amigos mais próximos. um velório já estava organizado, ia ser uma serimonia simples, sem corpo.
mas mais ou menos 6:30 da manhã de hoje, ele escutou o chamado. não propriamente um chamado, estava mais para um assobio de canto de boca que poucos conseguiriam distinguir de um grunhido chato.
mas ele não hesitou, percorreu um pequeno mapa com os dedos e sabia exatamente para onde ir.
prever o tempo é muito imprevisível, se é que se pode dizer tal insanidade.
ele chegou de frente para a porta, e esperou. 20 segundos não faria muita diferença. isto se alguem não puxar o gatilho. uma historia inexistente passou pela cabeça dele nestes vinte segundos. ele olha pelo 'olho magico'. Quarto pequeno, sem sacada, os moveis foram arrastados para um canto, um banheiro. Três pessoas, dois estranho, um no banheiro, outro dando voltas pelo quarto com uma arma na mão. e um terceiro, vendados e amordaçado no centro da sala em uma cadeira. este ultimo precisa sair vivo, pensou ele nos dois ultimos segundos.
ele tomou espaço e acertou a porta com a sola do pé direito.
minutos depois os dois desciam as escadas muito devagar. mestre sendo carregado.
- você demorou dois dias.
- você sumiu por dois dias.
- eu sabia que você viria atrás de seu mestre.

um mestre caiu dois hall de escada até chegar o saguão do hotel. ele carregou seu mestre para dentro da mesma saleta por onde veio, resmungando: 'Mestre, Mestre... isto não fica assim...vou mata-lo assim que possivel'.

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Ao deitar...


Foi como uma bomba no meu estomago quando eu recebi a noticia da boca dela... Eu não queria estar vendo nem ouvindo tudo o que ela dizia, mas ao mesmo tempo precisava que tivesse um ponto final na historia... Pra mim não importava com o que os outros pensavam do que seria eu dali pra frente à única coisa que importava é que eu teria que achar a mim mesmo depois disso. Deitei com um único pensamento se realmente não teria como voltar atrás e se tudo isso é conseqüência do que fiz no passado... O dia amanheceu e nada para, devo continuar a fazer coisas mesmo que enjoado de tudo...


http://www.megaupload.com/?d=XUG5UG00

domingo, 1 de fevereiro de 2009

Mago - Parte 3

Era uma manhã calma, pouco sol e muita luz branca. A quantidade de nuvens no céu anunciavam mais um dia triste de outono.
Mesmo depois do café da manhã ainda tinha fome.
A casa era velha, escadas mal cuidadas, janelas sujas da poeira que vinha da rua. Era mais um lugarzinho solitario e abandonado.
Dava para sentir muito medo daquele lugar. Mesmo quem tinha um pouco de estomago, ficaria enjoado ao passar pelos corredores
que percorriam toda a estenção da casa. Era mofo, acaro, fezes de gato e mais alguma coisa nojenta e indecifravel.
"É...quem diria. Hoje é só segunda-feira". Afirmou uma cabeça triste e solitaria dentro de um pote de vidro, sobre um armario, no canto afastado da cozinha.
"Oi?".
"Segunda-feira...Foi isso que eu falei! ". Disse a tal cabeça novamente. Agora com um tom de desespero e ofença. Coisa facil para uma cabeça.
Ela tinha se tornado uma cabeça em um pote a pouco menos de uma hora. Ela ficou um pouco triste com isso. Mas como já estava ficando dificil de caminhar por ai, por causa da idade avançada, ela até achou melhor assim. Pensou que passaria seu ultimos dias solitaria em um cazebre fuleiro no fim do fim do mundo. Mas agora ela sabia. Teria que passar o resto dos seus dias solitaria em um pote de vidro dentro de um cazebre fuleiro realmente no fim do fim do mundo, simplismente resmungando para alguém que nem mesmo queria responder.
Parece que a vida dá muitas voltas. A pouco menos de um mês, esta senhora que agora vemos a resmungar no potinho, era considerada uma celebridade do meio Magico. Quem era capaz de dizer que não à conhecia? Bom, digamos que ela não era assim tão popular entre os mais moços, mas pode perguntar pro seu pai que ele saberá quem ela é ... quero dizer, talvez!? Deixemos os meritos para quem os merece.
Imprevisivel foi o fato deste homem aparecer assim de surpresa. Trouxe o café da manhã em uma cesta com um laço vermelho. Frutas, torradas, alguns doces, algumas geleias e um pote de vidro grande para a senhora agora encapsulada no mesmo. Imprevisibilidade. Era uma boa palavra, certas vezes um pouco ofenciva, já outras nem tanto. Mas mesmo assim, hoje era segunda-feira. Dia de ir ao mercado comprar verduras e hortaliças para a semana, dia de comprar carne, ovos, ameixas secas para o arroz a grega. Dia segundo da semana que poderia ter sido o primeira, mas quem ocupava este lugar era domingo, que nada tinha de especial e também deixa a maioria das pessoas deprimidas.
"Não me importo mais se é segunda-feira ou não". Disse a Velha, que todos conheciam por Velha e que a maioria sempre a chamava assim, mesmo se sentindo um pouco ofencivo ao fazer. "Tem muita coisa que exatamente neste momento deixei de me importar. Talvez pq agora sou só uma cabeça falante dentro de um pote grande de vidro." Era mais uma conjuctura do que uma conversa. Hoje ela estava por fazer monologos descarados. Ela estava começando a ficar odiada com esta situação. Era tudo um meio chove e não molha. "Estou mais triste do que a 10 minutos."
O homem continuava ali, parado observando dois garfos que se moviam sozinhos no chão da casa. Ah...era mais uma das coisas esquisitas que estavam acontecendo naquela segunda-feira de inicio de outono. Por alguns instantes o homem pareceu que daria atenção ao que a velha estava a resmungar, mas só pareceu, pois ele ficou ali, parado a observar os garfos cada vez mais longe em pensamentos.
Um dos garfos estava girando descontroladamente em sentido horario, já o outro, estava como que caminhando em torno do que girava. Se fosse algum sabio arabe eu afirmaria que eles estava fazendo algum tipo de ritual para chamar a chuva, ou algo como uma dança de acasalamento.
Mas como não sou arabe e nem sabio, eles estavam forçando a realidade.
Uma gosma estranha começou a sair rapidamente pelo bolso do casaco do homem estranho. Ele era realmente estranho. Poucas pessoas levam um café da manhã para alguem se vão arrancar a cabeça dela logo depois. E estranho também era aquela gosma, preta e pegajosa, que estava se acumulando exatamente ao lado do pé direito do homem. Aquilo parecia que tinha vida, começou a se mover lentamente até alcançar os dois garfos que mantinham seu ritual de acasalamente com um sutileza quase sexy. Agora formas estranhas de gosma preta se formavam iam e vinham, de lá pra cá....era mais um transe que acontecia na casa.
Ouviu-se um carro chegando. Mal podia-se velo pela janela. O homem com a mesma calma de sempre, pegou os garfos do chão, interrompendo a dança e se foi sem dar tchau para a velha. Quem sabe pra onde ele foi? ninguem provavelmente. Mas que ele deixou aquela gosma preta para trás, isso é certo!

quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Mago - Parte 2

Mago - Parte 2

Algumas décadas pra frente Jack estará aqui, no Bar do Enforcado, com a corda firme e forte rodeando o pescoço, os pés parados no ar e um aperto de mão forte de um amigo.

Acho eu que Choran é um nome meio índio-indu ou algo bem distante disso, se você for da cidade provavelmente vai achar que os pais dessa criança eram moradores de alguma vila no final da cidade bem perto de um lixão. Tá vamos a historia.
Era fim da primeira guerra mundial, que diferente do que todos sabem, ela tem outro motivo, talvez mais tarde eu conte, mas com certeza não foi por causa daquela torta de limão estragada que um francês magricelo mandou para aquele húngaro. mas vamos para o acontecido. Um casal andava nas margens do Mar do Norte.
_ Querida, quando isto tudo voltar a ser como antes, vou construir nesta margem lá em cima daquelas pedras uma grande casa para nos dois e nossos filhos, lá onde as ondas batem vou construir um muro alto e um farol para nas noites de lua cheia nos passarmos nossos lindos momentos abraçados no topo do mundo. naquela descida vou encher de terra fértil e plantar grama, nas beiradas fazer lindos jardins, ali será nosso palácio.
Quando ele terminou a ultima palavra e partiria para as próximas juras de amor algo explodiu bem perto deles, foi um clarão gigante e pedaços de pedra e areia molhada voaram contra eles.
_ Olha la querido! _ falou a mulher apontando para a beira d'agua.
O homem chegou perto, eram dois homens, um ruivo com a barba grande que estava nu em pelo,o outro com os cabelos comprido e uma barba de duas semanas, tinha os olhos azuis e emitia uma fraca luz amarela, quase imperceptível, O marido carregou os dois até sua carroça e foram os quatro para sua cabana. no meio da noite quando estavam os dois dormindo o homem ruivo abriu os olhos e analisou bem onde estava, viu o alvo deitado ao seu lado o colocou-o no ombro e foi para a rua, deitou o homem que agora brilhava um pouco mais no chão, procurou uma pedra pequena redonda e sacudiu-a na mão ate ela começar a brilhar um azul claro, olhou para o céu e jogou ela para cima, ela subiu uns mil metros brilhando mais e se lançou para o norte.

_ A quanto tempo está aqui Jack? _ falou um homem velho saindo de trás das arvores.
_ Não sei, acordei dentro de uma cabana aqui perto, acho que alguém nos encontrou e nos trouxe até aqui.
_ E o alvo?
_ Esta ali atrás _ falou Jack apontando para uma moita.
_ Ok, daqui alguns minutos eles devem chegar para buscar ele, e você se vira.
_ Hum, como sempre, mas não pretendo ir embora agora mesmo, vi um belo par de pernas na cabana em que eu estava.
_ Me poupe Jack, de novo.
_ Não consigo me controlar, adora essas mulheres de outras épocas, e tem que ver a calcinha da garota, me deixa todo ereto, como um mastro.
_ Ok, esquece, vai la fazer sua parte, e o resto é por tua conta agora, teu contrato acaba aqui.
_ Ahm???
_ É isso ai, por enquanto você está a sua sorte.
_ E se os magos resolverem me caçar de novo? _ perguntou ele olhando para os lados
_ Simples, finge ser normal, faz a barba e pinta esse cabelo, essa tua mania de andar parecendo um leprechaum sempre estraga as coisas.
_ Talvez porque eu seja um...
_ Talvez.

Jack o leprechaum entrou na cabana e foi bem perto do ouvido da garota, ela era realmente linda, e tinha um belo par de pernas e uma bunda como ele gostava, mas nada de peitos. Ele sussurrou no ouvido dela e ela se mexeu dormindo, rolou para o lado e abriu as pernas, o marido estava dormindo ao lado num sono profundo bem profundo.
No outro dia pela manha a garota acordou sorridente, foi ate o homem ruivo e lhe tapou com outro cobertor, estava ficando frio, era estranho para ela, pois lembrava de uma outra pessoa ali. Mas era difícil dizer se tinha certeza,

_ Viu que ele nem se mexeu enquanto dormia? _ falou o marido
_ Vi sim, acho que ele tem o sono pesado que nem você.
_ Pode ser, vou separa umas roupas pra quando ele acordar.

Na hora de almoçar o homem acordou, e ali eles conversaram e ele decidiu passar algum tempo com eles, ajudou o marido a construir a casa nas pedras, no aniversário de vinte anos da mulher o marido terminou o farol e disse a ela que ali eles passariam a noite. e foi assim que fizeram, a meia noite eles subiram as escadas e ali ficaram, seria perto das duas horas um rosto apareceu no buraco da escada e olhou os dois dormindo, pegou o homem e arrastou ele até um canto do local, deitou do lado da moça e começou a tirar sua roupa, quando ela estava nua ele olhou bem pra ela e sentiu algo doer na cabeça.

_ Ela está grávida _ disse uma voz na sua cabeça.
_ Não pode.
_ Ela está!

O leprechaum esticou a moça nas cobertas e pos as mãos em sua barriga, e realmente ela estava grávida, a idéia que lhe surgiu na cabeça não podia ser melhor, era arriscada mas muito boa, talvez não fosse preciso isso, mas ele queria aquele garoto que estava pra vir, mas não queria ficar ali. ele esfregou as mãos na barriga dela e falou algumas palavras baixinho, depois de alguns minutos ela começou a se contorcer de dor, se virava para todos os lados e botava as mãos na barriga, os olhos continuavam fechados, uma poça de sangue começou a ser formar em baixo dela, quando ela parou o leprechaum foi ate ela e começou a procurar no cobertor sujo de sangue até encontrar uma coisa minúscula, menos de um centímetro, pegou e colocou no bolso, deu um beijo na testa da mulher e saiu.

No ano de 1980 la estava o homem ruivo na frente de um vidro.

_ Você é o pai? _ Perguntou Jack a um homem de olho puxado.
_ É sou sim, sua mulher também vai ganhar bebe hoje?
_ Já ganhou.
_ Que legal, meus parabéns, mas onde ele está.
_ A sei la. Ele é bem parecido com você _ disse Jack apontado para um bebe um pouco ruivo.
_ É, até que é, so esse cabelo que me parece um pouco estranho, mas deve ser assim mesmo, sempre ouvi dizer que eles nascem meio vermelho, mas nunca ouvi falar no cabelo também.
_ Não se preocupe, muda rápido, menos de uma semana.
_ Ah, é que sou pai de primeira viagem.
_ Eu também, mas é que minha mãe, que Deus a tenha, me explicou como essas coisas funcionam. Como vai se chamar?
_ Choran.

Jack se sentiu apunhalado, fez um gesto com a mão e o meio japonês se calou e olhou para o bebe. Jack foi para a rua fumar um cigarro e um homem pediu fogo.

_ Bem que eles podiam ter chamado de Johnnie. _ falou ele para o cara.
_ Porque?
_ Sei lá, pelos menos para manter a tradição.
_ Que tradição?

Jack olhou para os lados e falou baixinho para o homem.

_ Nome de Whisky.
_ Ohm?...

domingo, 2 de novembro de 2008

Mago - Parte 1

Parte 1

Tinha um cara meio amarelo da barba ruivo fogo, ele vivia dizendo “Antes bunda do que peito, de peito já basta os da mãe”. Nunca acharam isso engraçado, mas tu quer que eu faça o que... Depois de ter segurado uma lâmpada para tomar um tiro bem no meio do peito e ter viajado pelos quatro cantos do mundo pra socorrer aqueles dois idiotas...

_ Pode trazer ele de volta ou não?
_ Cara era só um celular.
_ Era o meu celular e deixar ele cair na privada não eras.
_ Ta eu tento.

Ele esfregou as mãos e entregou o celular nas mãos do careca nojento. O plano era simples, o careca sabia quem ele era, sabia o que podia fazer, quando um leprechaun faz uma magia, ela continua sendo magia até que alguém descubra que foi de mau gosto ou contra a vontade, então um modo fácil de enganar o mago careca era usando a burrice dele, Ninguém confiaria em um leprechaun pedindo seu telefone emprestado, eu não confiaria. O leprechaun saiu do bar e entrou no carro abraçado em uma loira.

_ Alô.
_ Jack, conseguiu trocar o telefone dele?
_ Sim.
_ Vou ficar vigiando, se eu ouvir falar do disquete eu te aviso, mas acho que ninguém conseguiu buscar ele lá. Mas avisa os teus amigos que eles tem pouco tempo mesmo assim, com ou sem a Biblioteca eles vão ressuscitar o cara.
_ Pode deixar.
_ Ah, os teus poderes já voltaram?
_ Ainda não, mas depois que eu peguei os olhos da mamãe a coisa melhorou um pouco, já estou conseguindo ficar excitado.