sexta-feira, 5 de maio de 2017

Parte 2 - O Bar

Existem divisas para tudo, continentes tem suas dividas, países fazem divisas com outros por linhas imaginarias, existe aquela divisa que se entendo no olhar negativo de certos homens e mulheres e existe aquilo que divide os mundos, O Bar do Enforcado é uma divisa de mundos, onde algumas portas levam a lugares tão distantes que os viajantes levariam vidas e mais vidas para cruzar a pé ou a nado. O Bar fica em uma inclinação de terreno a menos de cem metros da margem do mar morto, foi construído ali por escolha, e não pelo movimento do publico. Os que passavam no bar tinham destino certo, vontade certa. Raros os exploradores ou aventureiros cruzavam com o bar, e mesmo que o vissem nem todos eram impelidos a entrar.
Uma construção antiga, na maior parte de madeira bruta, talhada das arvores da redondeza, tabuas altas na vertical pregadas uma por cima das outras, algo perto dos cinco metros de altura, não tinha janelas, apenas uma porta pequena no meio da parede, na esquerda um farol de pedra colado como um anexo, o farol verde de limo subia mais alto que as nuvens baixas, era necessário vinte homens para abraçar a circunferência do farol, o construtor tinha rodada a vizinhança durante um dia para angariar os homens a fim de comprovar que havia erguido a construção apenas imaginando as medidas. E ali comprovou para o casal que vinte homens, exatos vinte homens de mãos dadas eram necessários para abraçar, ninguém criticou a falta de logica ali. O bar por dentro era um grande salão de pé direito alto, uma bancada que se estendia de ponta a ponta com as paredes revestidas de prateleiras e bebidas, mesas quadradas com cadeiras empoeiradas por falta de uso, na parede oposta a entrada seguiam corredores, portas, arcos com escadas para o porão ou para as câmaras de tortura por riso, portas levaram aos banheiros, outras davam para escadas que seguiam para os quartos no andar de cima e outras portas se abriam para outros mundos.

Os três desconhecidos chegaram bem a tempo de participar da medida anual do farol, deram aos mãos e junto dos dezessete comprovaram que vinte homens sempre seria a medida exata.

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